Diante da democratização do acesso ao ensino superior no país consequência do aumento dos Institutos de Ensino Superior, IES e também do ensino à distância EAD, as instituições se deparam com um grande desafio: promover situações, ações afirmativas para garantir o que Paulo Freire sempre apregoou e defendeu como meta para a educação; criar situações de aprendizagem que promovam a autonomia e a libertação das consciências no sentido de garantir ao indivíduo a condição de cidadão crítico, capaz de perceber o conhecimento como um bem maior, legítimo e atemporal, sendo sua mais importante ferramenta para garantia de liberdade de expressão e autonomia frente aos desafios e situações do dia a dia.
Nesse sentido, os Institutos de Ensino Superior (IES), devem promover situações que contribuam para a legitimidade dessa conquista de libertação de consciências e consequentemente da autonomia dos alunos frente à busca pela qualidade da sua formação acadêmica. Assim, o grande desafio das instituições é o de oferecer cursos que fujam do “lugar comum”, ou seja, daqueles padronizados, “engessados” e oferecidos apenas para que o aluno consiga um certificado. As instituições que querem inovar, fazer a diferença diante da realidade do ensino superior em nosso país, devem oferecer bem mais do que um certificado, precisam primar pela oferta de cursos e dinâmicas que envolvam o aluno de forma a fazê-lo perceber a importância de ser um pesquisador e não apenas “mais um no mercado”, de tratar o conhecimento como ferramenta de empoderamento, cidadania, autonomia e principalmente, como meio para ações frente à luta pela mudança do status quo primando sempre pelo respeito por si e pelo outro de forma legítima e legitimada por suas conquistas acadêmicas.